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29 de Mar. 2021

Especial Mês da Mulher: Syane Cristina Brasil - Arquiteta

 

Syane Cristina Brasil, arquiteta, divorciada, dois filhos, reside em Belém (PA). Atua na área de Logística em unidades da CAIXA no Pará, Amapá, Amazonas, Roraima e Acre.  Syane compartilha as dificuldades e percepções que este período evidenciou em sua vida profissional e familiar.

Conflitos família x trabalho

“O principal desafio foi conciliar a demanda da família, da casa e do trabalho em outro formato. Os conflitos já existiam, com o home office as atividades passaram a se misturar. No início as crianças precisaram de mais apoio para se adaptar às aulas on-line, então o meu trabalho e os estudos deles passaram a ser no mesmo ambiente. Houve as questões de ordem tecnológica como internet ou sistemas que não funcionavam, o que por algumas vezes ainda ocorre. Também tivemos problemas de ordem ergonômica, os móveis foram modificados para que pudéssemos trabalhar por tanto tempo em sistema remoto.

O teletrabalho permite estarmos mais presentes para àqueles que são importantes em nossa vida. Atuando por 8hs diárias, temos a sensação que perdemos o crescimento das crianças, mas neste novo formato isso é minimizado, o que gera uma satisfação e com certeza a saúde e nossas atividades profissionais melhoram.”

 

Produtividade, tempo, limites

“A produtividade até aumentou, pois quando por alguma impossibilidade não tínhamos como realizar as tarefas em um determinado horário, havia a oportunidade de fazê-la posteriormente em um horário alternativo. Essa é a grande vantagem do teletrabalho. A cobrança igualmente cresceu, nós mesmos nos sentimos compelidos a cumprir todas as demandas em um menor tempo possível, já que estamos trabalhando como gostaríamos. Procuro cumprir o mesmo horário de quando estava presencial, contudo, as reuniões ou demandas em momentos definidos para o almoço ou depois de finalizado o expediente, acabam por consumir mais do que às oito horas de expediente. Em razão disso, é importante estabelecer limites. Não é porque você está em casa que vai estar disponível a qualquer hora, isso tanto no que diz respeito à sua família quanto ao labor. Claro que por estar em home office é possível flexibilizar, mas não pode ser uma regra.”


Continuidade do novo formato, percepções

“Atuo fundamentalmente com projetos e demandas de diversos Estados, já que não estou nestes locais qual a diferença de fazer isso da CAIXA ou de casa? Com o home office reduziríamos espaço, por conseguinte, os aluguéis, além de custos de diversas ordens, como  manutenção, climatização, energia, entre outros. É claro que algum suporte deveria ser repassado aos empregados uma vez que os custos diminuem pelo lado da empresa, por outro, aumentam os de casa.

Este período evidenciou que home office não é uma maravilha. Há conflitos. Reunião de trabalho enquanto as crianças estão brigando, toca a campainha ou a panela da comida queima e tudo ao mesmo tempo, o que acaba por gerar uma grande confusão.

O mês de março em que dedicamos à reflexão sobre as lutas e conquistas das mulheres ressalta algo que já nos é natural: a nossa resiliência e força. Sempre tivemos que ser uma fortaleza para não sermos subjugadas, tanto no âmbito profissional quanto pessoal e não vai ser o home office ou a pandemia que vai nos tirar dos trilhos. Temos que enfrentar essa situação como fizemos em todas as outras, com controle e serenidade sem deixar de impor respeito ao nosso trabalho e a nossa família.”





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