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23 de Mar. 2021

Especial Mês da Mulher: Patricia Hipólito, Engenheira Civil

 

Durante o mês de março, a ANEAC estará homenageando as mulheres com uma série de entrevistas com o tema: 'Desafios do Home Office para Mulher no período da pandemia', nas quais, nossas associadas contam como foi essa experiência.

Patricia Hipólito, engenheira civil, atua na CIHAR Campinas (SP). Casada, mãe de dois filhos Alice e Felipe, de 5 e 3 anos. Patricia fala de como tem sido sua vivência em home office com desafios e aprendizados colocados pela nova realidade laboral.

“O início do home office foi bastante desafiador. Exigiu uma total mudança na rotina que tínhamos na família, acrescido é claro de todas as incertezas da pandemia. No começo tentei manter a prática habitual, o que claramente não deu certo, afinal não tenho experiência de pedagoga e sou uma péssima professora de artes, por exemplo.

Ter a família toda em casa foi muito bom, porém tivemos que estabelecer alguns limites, o que não foi fácil, principalmente para as crianças. Adotei a prática de muita conversa e empatia. Aos poucos, eles perceberam que o fone (de ouvido) quer dizer que estou conversando com alguém e têm respeitado esse momento. Compreendo que para eles é difícil ter a mãe ao lado e não poder conversar, então tento fazer pequenas intervenções ao longo do dia para que a nossa convivência cotidiana seja natural. Aos poucos, percebi que era possível tirar o melhor da nova rotina para conciliar as crianças e o desempenho profissional e que as coisas não iriam sair perfeitas, mas tudo bem.”


Produtividade, distanciamento, diferencial e aprendizados

“Com relação à produtividade, acredito que já era importante no nosso ambiente de trabalho, porém, existiam outras ferramentas de avaliação, como engajamento da equipe, capacidade de organização, etc., mas no teletrabalho é mais difícil mensurar. Entendo que exista uma maior cobrança pelos resultados, afinal o mercado está bem competitivo, contudo, mais assertiva na medida de que com o trabalho remoto as métricas estão melhor definidas, justamente por conta das tarefas terem que ser mais objetivas. A modalidade deve permanecer mesmo na pós-pandemia, talvez de uma forma mais criteriosa e relacionada à natureza do trabalho e ao perfil pessoal e circunstancial de cada colega.

Como em muitas situações na vida, o teletrabalho pode ser maravilhoso ou pode ser muito frustrante. O importante é manter o otimismo, focar nos benefícios deste novo formato laboral, pedir ajuda quando a carga estiver pesada e ter sempre em mente que vão existir dias bons e ruins.

Especialmente para a mulher, o home office pode ser uma oportunidade de conciliar mais setores da vida, demonstrando todas as habilidades que tivemos que desenvolver, como por exemplo, fazer várias coisas ao mesmo tempo. Uma ocasião para mostrar o nosso diferencial.

Durante este período também houve aprendizados. Aprendi que isolamento não é solidão, os colegas de trabalho continuam lá, nós temos que encontrar os momentos e as ferramentas para manter o diálogo, o senso de pertencimento de equipe e a troca de experiências. E ainda, que pedir ajuda é importante para a saúde mental e para a produtividade. E que o otimismo contagia, mesmo em teletrabalho, e pode fazer com que a carga de todos fique mais leve.

Neste 8 de Março quando celebramos o Dia Internacional da Mulher, a minha mensagem é: Confie em si mesma e na sua capacidade!  Agora mais do que nunca o mundo precisa do olhar empático, atencioso e perceptivo das mulheres, aquele olhar que vai além da tela do Teams, que vê o que o número de demandas atendidas não vê. É com nossa capacidade de ser multitarefas que podemos contribuir no teletrabalho e na formação de novos modelos de jornada e produção.”





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