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24 de Mar. 2021

Especial Mês da Mulher, Claudiani Stella dos Santos - Engenheira Civil

 

Claudiani Stella dos Santos, engenheira civil, solteira, sem filhos, atua na CEHAN – CN Atividade Técnica Habitação Corporate na cidade de Belo Horizonte/MG. Distanciamento não é novidade em sua vida, pois conhece essa realidade desde que entrou na CAIXA no ano de 2007, quando deixou a capital mineira para ir trabalhar em Uberlândia e depois em Poços de Caldas, o que a obrigou a viver longe da família e de amigos por mais de uma década até sair sua transferência para a maior cidade de Minas Gerais.

“Após 12 anos de espera, em março de 2019 chegou a hora de voltar para Belo Horizonte e para convivência dos familiares, amigos e ao novo local de trabalho. Devido a um acidente (fratura na coluna) só consegui assumir a GIHAB em junho daquele ano, ainda assim com limitações. Foi um período bem difícil, mas tinha a expectativa de poder desfrutar e dedicar-me ao novo momento. O ano de 2020 chegou e com ele a ameaça da Covid-19 e o consequente afastamento de todos, sem poder aprofundar o relacionamento na nova unidade, geograficamente perto de todos que amo, mas obrigada a um distanciamento diferente.”


Solidão, trabalho remoto

“Nesta fase de home office, como moro sozinha, a  maior dificuldade foi a preocupação com minhas irmãs e sobrinhos, uma vez  que elas trabalham na área da saúde, o que gerou muita ansiedade na minha mãe, principalmente pelo afastamento dos netos. Mesmo sabendo que precisava estar mais perto, o medo de transmitir a doença era grande, então revezava em períodos de trabalho remoto no meu apartamento e outros, no sítio com minha mãe. A dificuldade para quem mora sozinha é a solidão. Adoro o contato pessoal, estar junto aos amigos, colegas de trabalho e conversar! Tenho uma família muito grande e unida, que se reunia bastante,  estar  privada desse contato foi realmente complicado.

Acredito que o teletrabalho gerou uma produtividade bem maior, assim como a cobrança também. O trabalho é mais focado, não somos interrompidos por ligações, serviços extras, conversas paralelas (do que sinto muita falta), além da economia no tempo de deslocamento até à unidade de lotação. Com a reestruturação CAIXA os procedimentos foram alterados e agora as demandas estão bem definidas e direcionadas, podendo inclusive, ser mensuradas com a implantação das novas rotinas.

O home office era uma realidade muito distante de nós e foi imposta devido à pandemia, e por incrível que pareça, funcionou. Temos o costume de achar que na CAIXA a tecnologia demora avançar, os procedimentos custam a ser definidos e implantados e a pandemia fez tudo acelerar. Às vezes os sistemas não funcionam, o VPN não conecta, fica tudo muito lento, notebook trava, mas em geral, funcionou muito melhor do que esperávamos. E por gerar uma economia considerável para a empresa, e uma comodidade grande para os empregados, creio que deva permanecer.”


Impactos, aprendizados

“Quanto aos impactos, cada pessoa um tem uma situação específica. Particularmente, precisei me policiar bastante, frequentemente me vi trabalhando muito mais que o horário habitual. Descuidei-me, tive crises de ansiedade, senti-me extremamente solitária, a coluna voltou a incomodar e os serviços domésticos aumentaram. É preciso estarmos atentas, reconhecer os problemas e tentar corrigir. Hoje já retornei à academia, à terapia em uma nova modalidade on-line e adaptei um quarto como escritório, onde tento estabelecer horário de trabalho.

Aprendizado? Tudo isso mostrou o quão frágil é a nossa vida e a saúde. Que não temos mesmo o controle de tudo e precisamos nos adaptar a cada situação que nos é imposta. E sim, a gente consegue se adaptar, se reinventar!

Aprendi ainda que preciso ser minha melhor companhia, pois nem sempre poderei estar perto de outras pessoas. As pessoas que são importantes para mim sempre estarão ao meu lado, presencialmente ou virtualmente, distanciadas social ou geograficamente, estarão sempre presentes na minha vida.

Neste mês que celebramos a Mulher, precisamos refletir  pois assumimos mais funções e nos cobramos demais. Precisamos acreditar na nossa força e na capacidade de nos reinventar e de adaptação a qualquer situação. Certamente fases complicadas irão passar. Outras virão, mas vamos com calma, mantendo a fé e a tranquilidade, superando cada uma delas.

Temos muito mais força do que acreditamos ter.  Não temos que dar conta de tudo, há dias que são mais difíceis, dá vontade de desistir, porém, mesmo em meio ao caos, precisamos buscar aquilo que nos aquece o coração, nos dá equilíbrio e, se for necessário, devemos buscar ajuda. O essencial é manter a fé e acreditar que tudo ficará bem.”





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