ANEAC

28 de Mai. 2021

27 de Maio - Dia do Engenheiro de Custos: ANEAC entrevista Alfredo Pedro Junior

Neste 27 de maio, Dia do Engenheiro de Custos, a ANEAC parabeniza a todos esses profissionais que são fundamentais para a Engenharia e celebra a data com uma entrevista realizada com Alfredo Pedro de Alcantara Junior que fala sobre o papel do Engenheiro de Custos, sua importância e as mudanças na área.

Alfredo Pedro de Alcantara Junior, Engenheiro Civil lotado na GIGOV Cuiabá/MT - Mestrado em Geotecnia, instrutor UC Engenharia de Custos, foi professor de cursos técnicos do Ceprotec-MT/IFMT. Ingressou na Caixa em 2005, na antiga GIDUR onde permaneceu até 2012. Na Matriz, atuou como Coordenador de projetos do SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil, no processo de aferição das composições de 2012 a 2018.

Qual a atribuição do engenheiro de Custos?

O profissional de Engenharia de custo tem como atribuição gerar a estimativa de custo de uma obra ou empreendimento, controlar os custos necessários no transcorrer da execução da obra, e garantir a lucratividade do empreendimento. Para isso, se utiliza de técnicas e princípios na busca de garantir a viabilidade técnica e econômica da obra ou empreendimento em todas as etapas dela, ou seja, é muito mais que fazer um orçamento.

Qual a relevância desse profissional?

O profissional de Engenharia de Custos é fundamental para a correta predição de custo de uma obra. O que o torna figura imprescindível para evitar o início de uma obra sem o conhecimento das provisões financeiras necessárias. No caso de obras Públicas, é ainda mais exigido, pois evita-se o desperdício de recursos financeiros escassos, como o sobre-preço e o superfaturamento, por meio de uma eficiente estimativa de custos. As análises de viabilidades técnica e econômica realizadas são fundamentais para prever a exequibilidade e lucratividade de um empreendimento, o que ajuda a evitar os casos de obras paralisadas.

Quais as principais mudanças na Engenharia de Custos?

Acredito que uma grande mudança que tem ocorrido na área de Engenharia de Custos é o aumento substancial da transparência das informações prestadas aos usuários dos sistemas de referências de custo de obras Públicas, como o novo SICRO – Sistema de Custos Referencias de Obras do DNIT, e principalmente, o SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil.

No caso do SINAPI, que é um sistema de referencia gerido pela Caixa Econômica Federal, com o processo de aferição de suas composições de custos realizadas por meio da FDTE – Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia, entidade de pesquisa ligada a USP, o sistema passou a fornecer o caderno técnico de todas as composições aferidas. Esse novo documento, o Caderno Técnico, permitiu o conhecimento de informações e conceitos das composições de serviços que permitem aos Engenheiros de Custos procederem a ajustes ou adequações das especificidades ligadas ao empreendimento, tornando a estimativa de custo de obras Públicas mais precisa.

Outro exemplo de transparência que se pode citar é a informação a respeito da origem de preço dos insumos utilizados no SINAPI, pois de acordo com a capital referenciada tem a possibilidade de ter preços coletados, obtidos por coeficiente de representatividade ou ainda atribuídos os preços de uma localidade específica (São Paulo). Na atualidade os insumos ou serviços do SINAPI, quanto a sua origem são facilmente identificados nos relatórios obtidos no sistema, o que possibilita os ajustes necessários à estimativa de custo nas capitais onde não foi possível a obtenção do preço de determinado insumo. Situação essa que podia ocorrer no sistema, porém não era informada aos usuários. Muitas outras inovações podem ser obtidas no site do SINAPI (www.caixa.gov.br/sinapi).

Neste dia 27 de maio é celebrado o Dia do Engenheiro de Custos, qual sua mensagem para todos esses profissionais?

Tenho orgulho de pertencer aos profissionais que atuam na Engenharia de Custos de forma prática e consciente do nosso papel, e como digo nos cursos em que atuo como instrutor, não tenho dúvidas que nós Arquitetos e Engenheiros da CAIXA somos os mais preparados da área de Engenharia de Custos do País, acredito que temos muito a contribuir com nosso conhecimento! Abraços a todos e boas estimativas de custos.

“ninguém sabe o custo de obra antes dela terminar, se sabe saia da engenharia de custos e aposte na mega sena”.